quinta-feira, fevereiro 22, 2007

 

“Bailinho da Madeira” entre Jardim e Governo

O Diário da República publicou no passado dia 19 a Lei das Finanças Regionais. O diploma esteve no centro de um braço-de-ferro entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e Alberto João Jardim, que pediu, sem êxito, ao Presidente da República, Cavaco Silva, que vetasse a lei.
O corte nas transferências para a Madeira, que atingirá os 34 milhões de euros já em 2007, tem sido um dos aspectos mais criticados pelo PSD e pelo líder regional madeirense.
A lei foi aprovada no Parlamento a 30 de Novembro de 2006 com os votos do PS, a abstenção do CDS-PP e os votos contra do PSD, PCP e Bloco de Esquerda.
Em Dezembro, os sociais-democratas pediram a fiscalização do diploma pelos juízes do Tribunal Constitucional que, a 12 de Janeiro, se pronunciou a favor da lei.
O Presidente Cavaco Silva promulgou a nova lei das Finanças Regionais a 7 de Fevereiro, o que motivou novas críticas de Jardim.
O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, anunciou na segunda-feira a demissão do cargo que ocupa desde 1978, interrompendo pela primeira vez um mandato em quase três décadas à frente do executivo madeirense. A decisão foi confirmada pelo próprio presidente do governo numa comunicação aos madeirenses feita a partir do salão nobre do governo regional, após uma reunião da comissão política regional do PSD-Madeira realizada na tarde do passado dia 19. Nas suas declarações disse, passo a citar:
«Decidi apresentar a demissão do governo regional porque não estou em posição de enfrentar esta multiplicação de novos problemas, sem um mandato claro do eleitorado da Região Autónoma da Madeira».
Alberto João Jardim depois da sua demissão do governo madeirense em protesto contra as medidas do executivo socialista, confirmou a sua recandidatura em eleições antecipadas.
Referiu que se recandidata por achar que a Madeira não merece passar a ter um governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes a Lisboa. Afirmou também, que ao demitir-se estava a colocar-se nas mãos do povo e mostrava, que não estava agarrado ao poder, nem tinha medo de enfrentar tempos difíceis.
Dá agora a tua opinião. Será que Jardim tomou a decisão certa?
Por José Tiago e Márcio





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