quarta-feira, novembro 29, 2006

 

Vaticano debate o uso do preservativo

O Papa Bento XVI encomendou a um grupo de teólogos um estudo sobre a utilização do preservativo na luta contra a SIDA, o que poderá significar um interesse da sua parte e uma abertura da Santa Sé à aceitação excepcional do seu uso como um “mal menor” entre casais em que um dos elementos está infectado. Mesmo assim e, dado que apenas está em discussão a sua possível utilização em caso de infecção pela SIDA de um dos elementos do casal, não será integrado a 100% na vida sexual dos casais.
O documento estará em debate numa conferência internacional sobre os aspectos pastorais na cura de doenças infecciosas. A noticia foi avançada numa conferência de imprensa sobre o conselho pontifício da pastoral da saúde. O documento, que não será tornado público, agrega 200 páginas de fundamentos científicos e morais e contou ainda com a participação da Congregação para a Doutrina da Fé.
Podemos concluir que o tema da SIDA preocupa muito o Papa. Apesar de a Igreja se opor ao preservativo e defender antes a abstinência, castidade e fidelidade, vários líderes católicos têm apelado a uma mudança de pensamento que permita o seu uso entre casais (o que seria muito bom deixar de ser apenas um simples apelo…). Contudo, estes apelos chocam com o receio de que o documento sobre o assunto possa ser visto como uma verdadeira condescendência à promiscuidade.
O que pensas sobre este assunto? Deveria a Igreja Católica deixar-se de preconceitos e aceitar de vez o uso do preservativo?
Por Sara Dias e Sérgio Gonçalves

segunda-feira, novembro 20, 2006

 

Eutanásia: da generalização aos casos concretos...

Eutanásia significa, no dialecto grego, “boa morte”, e consiste na morte provocada de um doente que sofra de uma doença incurável. Hoje em dia, discute-se a legitimidade deste processo, havendo opiniões contrárias em vários aspectos. Contudo, a fim de se praticar a eutanásia, é necessário que seja o próprio doente a pedi-lo. Ora um tema como este levanta inúmeras questões éticas e morais, e divide a sociedade. Enquanto algumas pessoas consideram natural que a eutanásia se pratique, outras acham errado matar alguém, mesmo que não tenha hipóteses de melhorar.
A eutanásia é proibida por lei na Europa, com a excepção da Holanda e da Bélgica, onde apesar de tudo, é um processo bastante controlado.
Vejamos um caso concreto ocorrido recentemente nos EUA.
Terri Schiavo foi uma mulher da Florida que aos 27 anos de idade sofreu um ataque cardíaco que lhe provocou uma severa lesão cerebral devido à falta de oxigenação do cérebro. A partir desse momento, Terri “viveu” 15 anos em estado vegetativo, sem qualquer qualidade de vida, e ligada a máquinas que lhe prolongavam aquela forma de “viver”. No mês de Março de 2005, o seu marido, Michael Schiavo declarou que a mulher não queria ser mantida viva, e portanto defendeu que se lhe tirasse o tubo de alimentação. Seguiu-se então uma discussão pela vida de Terri, que opunha o marido (defendia a morte da mulher) e os pais da doente (defendiam que a filha devia ser mantida viva). Rapidamente esta questão atingiu proporções mundiais, e levantou de novo o tema da eutanásia e, consigo, problemas éticos e morais.
O tubo de alimentação de Terri acabou por ser retirado, o que levou os pais da doente a recorrerem aos tribunais, ao governador da Florida, Jeb Bush, e até ao Presidente dos EUA, George Bush. Contudo, todos estes recursos foram gastos, à medida que iam sendo rejeitados pelas entidades.
Terri morreu no dia 31 de Março de 2005, treze dias após a remoção do tubo que a alimentava artificialmente. Este dia foi também marcado pela desistência dos pais depois da rejeição do último recurso apresentado ao Supremo Tribunal de Justiça dos EUA. Assim, depois de toda esta batalha judicial, quem acabou por vencer foi o marido de Terri e os defensores da eutanásia por todo o mundo.
Durante o mês de Março daquele ano, a cadeia de televisão ABC realizou uma sondagem que deu a conhecer a posição dos norte-americanos em relação à eutanásia. De acordo com a referida sondagem, 6 em cada 10 americanos eram a favor da privação dos cuidados mínimos de saúde, como a sonda de alimentação, a fim de acabar a vida de Terri de uma forma indolor, enquanto que 28% eram contra esta decisão. A sondagem dá também outras informações interessantes: cerca de 67% dos norte-americanos (contra 19%) acredita que os apoios políticos exercidos para manter Terri viva, como é exemplo todo o esforço de Bush, tinham como objectivo “tirar vantagem política do caso”.
Deixamos três questões concretas:
1. De acordo com o caso apresentado anteriormente, de que lado te colocarias? Defendias a morte de Terri, ou a continuação da sua “vida”?
2. Em termos gerais, será importante e legítimo legalizar a eutanásia?
3. Países como a Holanda e a Bélgica já têm a Eutanásia legalizada. O que será que faz com que estes países estejam quase sempre à frente de leis mais inovadoras e controversas?
Por Miguel Vaz e Paula Fonseca

segunda-feira, novembro 13, 2006

 

Investimentos na energia eólica

O projecto de investimento da Eólicas de Portugal num "cluster" de produção de aerogeradores, oficialmente lançado em Viana do Castelo, criará 1800 postos de trabalho directos na região de Aveiro e Minho-Lima, umas das mais pobres do país. Além disso, Aníbal Fernandes, presidente do consórcio, estima que possam vir a surgir 5500 outros empregos.
O projecto prevê a construção de fábricas de aerogeradores e de 48 parques eólicos. Na parte industrial, surgirão sete novas fábricas - cinco em Viana do Castelo, uma em Sever do Vouga e uma outra em Braga. Serão, ainda, ampliadas 12 outras unidades fabris, num investimento global que António Mexia, presidente da EDP, comparou ao projecto AutoEuropa e que Manuel Pinho, Ministro da Economia, classificou de "um dos maiores realizados no país".
Dos cerca de 150 aerogeradores produzidos anualmente, 60% serão exportados, mas para os projectos que a EDP e a Endesa (que também pertence ao consórcio) desenvolverem no estrangeiro, adiantou António Mexia, que prometeu para breve o anúncio de novos parques a construir no exterior. Os restantes aerogeradores serão instalados nos 48 parques eólicos a construir por todo o país, até 2012.
Consideras este investimento favorável para o mercado da energia? Quais os benefícios que daí poderão advir?
Por José Tiago e Márcio

segunda-feira, novembro 06, 2006

 

O(s) ranking(s) dos exames

Durante as últimas semanas muito se tem falado nos rankings das escolas. Este processo resulta das avaliações obtidas pelos alunos nos exames do 12º ano. Permite ainda conhecer a posição da respectiva escola nos rankings dos anos anteriores e a classificação da escola se a ordenação fosse efectuada pela classificação final da disciplina. Pode-se, assim, verificar a diferença entre a nota de exame e a nota final da disciplina, de forma a avaliar o diferente desempenho nas escolas e nos exames.
São 332, entre um total de 593, os estabelecimentos que obtêm uma média global superior a 10 valores. O número de estabelecimentos privados é o maior entre as 25 primeiras escolas do ranking, sendo que, nos dez primeiros, apenas constam duas secundárias públicas: a do Restelo e a Escola de Dança do Conservatório Nacional.
No entanto, as conclusões a retirar de uma escola com poucos exames num lugar de destaque é substancialmente diferente do caso em várias centenas de alunos contribuíram para o resultado.
Qual a tua opinião sobre as vantagens ou desvantagens de serem publicados estes rankings. Para que servem? Quais as lições a retirar da sua análise?
Por José Eduardo e José Maria
Nota - Em baixo, segue uma notícia apresentada pelos vossos colegas e directamente relacionada com a matéria leccionada na disciplina de Geografia. Não te esqueças de a comentar...

 

Como atrair o investimento externo...

O grupo Ikea vai instalar três fábricas em Paços de Ferreira, num investimento total de 135 milhões de euros, o que irá acrescentar 20 por cento à produção nacional de mobiliário. A construção destas unidades, pertencentes à Swedwood – grupo industrial da Ikea – permitirá a criação de 1.550 postos de trabalho, 550 dos quais directos.
António Machado, director de expansão, revelou que as três novas fábricas irão exportar 162 milhões de euros em 2014, altura em que, estando já em “velocidade de cruzeiro”, atingirão uma produção de 180 milhões de euros. O mesmo é dizer que 90% dos produtos fabricados nestas unidades serão destinados a exportação.
A matéria-prima que irá ser utilizada será em 60% proveniente de Portugal, tanto a madeira como os derivados de madeira.
A escolha recaiu sobre a candidatura pacense, aquela “que apresentou a melhor proposta ao nível dos critérios avaliados – nível e dimensão do terreno, localização, proximidade de boas vias de comunicação, acessibilidades e boas infra-estruturas e capacidade para fornecimento energético”.
Dá a tua opinião sobre o alcance deste tipo de investimento externo. Que factores consideras importantes para a captação destes investimentos? Quais as medidas a tomar pelas entidades competentes? E as consequências?
Por José Eduardo e José Maria

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