terça-feira, junho 12, 2007

 

Final do ano lectivo...

Depois dos alunos do 11º E terem dado à estampa, ao longo deste ano lectivo, vinte e seis artigos sobre os mais variados temas da actualidade, apresentados na disciplina de Geografia, é tempo de despedidas. Nestas últimas semanas, foi notória uma menor regularidade na apresentação de artigos e comentários, mas esta situação é compreensível se tivermos os conta o cansaço de um final de ano lectivo com muitos testes decisivos e ainda a aproxiamação dos exames nacionais.
Deste modo, este blogue deixará de ter continuidade, sendo certo que os objectivos propostos no início do ano foram plenamente alcançados. Pode ser que qualquer dia a estratégia que esteve inerente ao blogue "Na aula de geografia" possa ser retomada com outra turma e outros alunos, ou até mesmo com estes alunos noutra disciplina ou com outro formato.
Um abraço a todos... E votos de sucesso nos exames! Estou curioso por ver as notas ao exame de GeografiaA!!! Não me desiludam...
PS - Aqui fica a ligação que dá a conhecer um dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do 11º E na disciplina de Geografia.

sexta-feira, maio 11, 2007

 

O Metro ao Sul do Tejo: um bom ou mau investimento?

Tendo em conta a matéria do programa de Geografia deste ano, achámos por bem apresentar a notícia referente ao desenvolvimento dos transportes no nosso país. No passado dia 1 de Maio, entrou em funcionamento o Metro Sul do Tejo e segundo as últimas notícias a afluência tem sido um pouco aquém da esperada.
Este primeiro troço do Metro Sul do Tejo, englobado numa fase que ficará concluída em Novembro de 2008, serve cerca de 105 mil pessoas, residentes nas freguesias de Corroios, Laranjeiro e Seixal. Dos utentes entrevistados pela agência Lusa, a maioria mostrou-se satisfeita com a inauguração, mas algumas vozes mostraram-se dissonantes da satisfação geral.
Hélder Miranda e Josélia Tavares, por exemplo, já ponderam adquirir o passe mensal, que tem um custo de 15 euros, por considerarem que este novo meio de transporte é "mais rápido, mais confortável e mais barato". Hélder Miranda mora em Santa Marta do Pinhal, junto à estação de Corroios e, visto que se desloca todos os dias para o Laranjeiro, optou pela compra de um passe mensal, que para ele, reformado, custará 8,50 euros. Assim, evita as filas de trânsito e os problemas de estacionamento com que se tem deparado nos últimos meses. "Nas horas de ponta, levo mais de meia hora para chegar até ao Laranjeiro, e, de Metro, chego lá em 10 minutos", congratulou-se o reformado. Já Josélia Tavares pretende comprar o passe mensal porque trabalha no Feijó e mora na Cova da Piedade, mesmo junto à estação, o que lhe permite poupar cerca de 15 euros por mês no passe que compra actualmente, o dos autocarros Transportes Sul do Tejo (TST).
O problema é que este primeiro troço parece ainda não cativar muitos utentes, esperando-se que a finalização da linha possa alterar esta situação.
Na tua opinião, este projecto foi um bom investimento? Que vantagens trará?
Por Carla Duarte e Diana Santos

segunda-feira, abril 30, 2007

 

(In)segurança nas escolas...

A Assembleia da República recomendou que todos os alunos passem a usar um cartão electrónico para entrar na escola e que as suas faltas fiquem registadas num livro de ponto electrónico. Aconselhou ainda que seja criada uma ficha electrónica de ocorrências. Tudo para travar a violência em meio escolar.
Vigiar e proteger os alunos deve ficar a cargo de uma "Comissão de Segurança" em cada estabelecimento. Dela farão parte representantes de alunos, professores, pais, pessoal auxiliar e ainda das forças de segurança.
A criação desta comissão vai depender dos diagnósticos das escolas em matéria de segurança. Já a utilização do cartão deve ser regra, visto que já existe em muitas escolas, funciona com sucesso e permite uma agilização de procedimentos muito benéfica.
Por entender que as escolas localizadas em ambientes socio-económicos desfavorecidos devem ser alvo de especial atenção, o grupo de trabalho sugere condições de contractualização que permitam o apetrechamento de meios, equipamentos e recursos destes estabelecimentos.
Para Miguel Tiago, membro do PCP, a raíz do problema (insegurança escolar) reside "nas assimetrias sociais, no stress social a que estão submetidas determinadas comunidades urbanas ou na degradação do parque escolar. Fenómenos que "medidas como a vídeo-vigilância ou a informatização das fichas dos alunos não vão resolver".
Concordas com esta afirmação? Justifica?
Quais as vantagens e desvantagens
que este sistema poderá trazer?
Uma vez que “vigia” os alunos, será que poderá surgir um maior controlo dos mesmos e melhorar a crise do insucesso e abandono escolar???
Por Anaísa e Bruno

terça-feira, abril 17, 2007

 

Hospital de Proximidade de Lamego: realidade ou ilusão?

O Ministro da Saúde, Correia de Campos, através de despacho datado de 2 de Março de 2007, adjudicou o projecto do futuro Hospital de Proximidade de Lamego à firma ARIPA. Recorde-se que o anúncio do concurso público para a contratação da prestação deste serviço foi publicado a 29 de Junho de 2006.
A nova unidade de saúde de Lamego, o primeiro edifício hospitalar de proximidade a ser criado em todo o país, privilegiará a componente de ambulatório e vai albergar também serviços de urgência, consulta externa, hospital de dia, fisioterapia, imagiologia, cirurgia de ambulatório e laboratórios, para alem de todos os serviços gerais de apoio e administrativos. Em simultâneo, o Ministério da Saúde, dono da obra, no que se refere a internamento prevê a instalação de uma unidade de cuidados continuados com 30 camas que servirá os utentes da região do Douro Sul.
A concepção do projecto do futuro Hospital de Proximidade de Lamego teve como base a sua articulação no terreno e acessibilidades existentes na zona envolvente, em particular a A24, privilegiando as orientações Sul e Nascente. Em toda a concepção, houve a preocupação de dotar cada espaço de trabalho com luz natural e o respeito pelas adjacências programáticas fundamentais entre os diversos serviços.
O novo Hospital de Lamego terá uma área bruta de 18.000 m2, para a qual a equipa de projectistas da firma ARIPA procurou uma linguagem contemporânea que tivesse em consideração o lugar e as outras preexistências.
O custo total do investimento previsto para a construção desta infra-estrutura, que integrará o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, ascenderá a 35 milhões de euros. O custo do projecto é de 1,8 milhões de euros, devendo estar concluído em Março de 2008. No mesmo ano, está previsto o arranque da empreitada e início da obra.
Após todas as polémicas que envolveram nos últimos meses a Hospital de Lamego, achas que este projecto irá mesmo em frente?
Por Ana João e Ana Rita

quarta-feira, março 28, 2007

 

Mais de 40 mil alunos abandonam a escola todos os anos

Mais de 40 mil alunos abandonam a escola todos os anos no início do 3º ciclo do ensino básico e do secundário, revelou a ministra da Educação.
De acordo com os dados da tutela, entre 18 e 20 mil alunos abandonam anualmente o sistema de ensino no 7º ano, o que representa cerca de 15 por cento da população que frequenta este ano de escolaridade. O outro grande momento de abandono verifica-se no 10º ano, altura em que 20 a 25 mil estudantes deixam a escola, o que corresponde a um quarto do total de matrículas.
Considerando que "as condições socio-económicas dos estudantes comprometem efectivamente a sua permanência na escola", Maria de Lurdes Rodrigues anunciou um reforço da acção social no ensino secundário, onde apenas 15 por cento dos alunos beneficiam actualmente de apoio. "É preciso alargar a acção social escolar sobretudo no secundário, onde é baixíssima", afirmou, sublinhando a necessidade de criar um sistema de bolsas que incentivem a permanência dos estudantes no sistema de ensino. Para já, o modelo de financiamento está ainda a ser analisado, adiantou, mas o reforço do apoio deve ocorrer já no próximo ano lectivo.
O Ministério da Educação vai lançar duas campanhas publicitárias na comunicação social para valorizar os conhecimentos adquiridos na escola. Os cursos profissionais, frequentados este ano por cerca de 15 mil alunos, e os cursos de educação e formação, onde estão matriculados 10 mil, são duas das grandes apostas do Executivo para combater o abandono.
O objectivo é duplicar o número de inscrições neste tipo de cursos já no próximo ano lectivo e, até 2010, fazer com que metade dos jovens optem pelas vias tecnológicas e profissionalizantes de equivalência ao 12º ano, que deverá ser o referencial mínimo de qualificação dos portugueses.
E tu? Pensas que as medidas propostas serão eficazes no combate ao abandono escolar? Que outras medidas propões para minimizar o abandono escolar?
Por Susana Oliveira e Vera Cunha

quarta-feira, março 07, 2007

 

O que pensas da nova lei do tabaco?

O Ministro da Saúde anunciou na passada quinta-feira, em conferência de imprensa, que, ao abrigo da nova lei do tabaco, será proibido fumar nos restaurantes, discotecas e bares com menos de 100 metros quadrados. Nos espaços com mais de 100 metros quadrados deverá existir uma área específica para fumadores que não deve ultrapassar os 30% do espaço considerado.
O Ministro revelou ainda que os restaurantes, bares e discotecas poderão ter ainda um período de adaptação de um ano, desde a entrada em vigor da lei, que aguarda ainda aprovação por parte da Assembleia da República.
A Associação da Restauração e Similares de Portugal manifestou a sua discordância com as medidas anunciadas pelo Governo. Por seu lado, a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo (CPPT) manifestou-se agradada com a aprovação da nova legislação do tabaco, considerando-a "equilibrada, ampla e completa" e prometeu empenhar-se para que seja aprovada e cumprida. "Apesar de não conhecermos em detalhe o conteúdo da legislação aprovada em Conselho de Ministros, pelo anúncio do ministro da Saúde tudo indica que a lei vai no bom caminho e de encontro às propostas da confederação", disse à Lusa Luís Rebelo, presidente da CPPT. A limitação do fumo em locais públicos, as consultas nos centros de saúde para ajudar os fumadores a deixarem de fumar, a proibição de campanhas publicitárias referentes ao tabaco, são outros aspectos da lei destacados por Luís Rebelo.
A legislação aprovada em Conselho de Ministros tem dois grandes objectivos: a protecção dos não fumadores (70% da população portuguesa) e a defesa da população mais vulnerável. A venda de tabaco ficará proibida a menores de 18 anos (actualmente é proibida a menores de 16 anos) e exigirá um controlo "muito rigoroso" da venda através de máquinas automáticas.
O fumo será totalmente proibido em transportes públicos, estabelecimentos de saúde e escolas. Nos estabelecimentos de ensino, até à universidade, o fumo será totalmente proibido, incluindo nos espaços ao ar livre. Nas universidades, será permitido fumar nos espaços ao ar livre.Fumar em centros comerciais só será permitido em locais próprios, autorizados para o efeito. Em relação aos locais de trabalho, a futura legislação prevê a proibição do fumo, excepto em locais próprios.
Agora é a tua vez… Concordas com a nova legislação do tabaco e com a forma como vai ser aplicada? Expressa a tua opinião tendo em conta os prós e os contras desta notícia.
Por Sara Dias e Sérgio Gonçalves

terça-feira, fevereiro 27, 2007

 

As consequências do aquecimento global

No decorrer das últimas semanas, os meios de comunicação social têm noticiado algumas das consequências do aquecimento global. De facto, este é um problema que está cada vez mais presente nas nossas vidas, sendo que as populações já dispõem de muita informação. Apesar de tudo, há más perspectivas para o futuro do planeta. Nos últimos dias, a Costa da Caparica tem sido notícia, pelos piores motivos. Esta onda de notícias começou em 8 de Dezembro do ano passado, quando foram publicadas as preocupações da Governadora Civil de Setúbal, Teresa Almeida, que afirmou que o constante e rápido avanço do mar nas praias de São João (na Costa da Caparica) iria pôr em perigo de derrocada as dunas da zona. Caso isto acontecesse, alertou a Governadora, as habitações e os estabelecimentos comerciais e turísticos da zona estariam desprotegidos, podendo mesmo ser atingidos pelo mar. Uma dessas estruturas turísticas é um parque de campismo do INATEL, que acabou por ser evacuado no mesmo dia. Foi prometida uma acção instantânea caso fosse necessário, mas o que é facto, é que, meses mais tarde, começou-se a reparar o paredão, fazendo uso de pedras e de areia. Não tardaram as acusações de um trabalho mal feito e tardio, por parte da população ou de especialistas. Contudo, a Costa da Caparica não é a única zona que sofre com isto. Na região de Aveiro também se nota a constante subida do nível médio das águas do mar. Já em termos de medidas preventivas, algumas notícias têm sido animadoras. Da União Europeia chega um exemplo para o mundo. Depois de se terem reunido, em 20 de Fevereiro de 2007, os ministros do Ambiente dos 27 estados-membros comprometeram-se a cortar as emissões de gases poluentes em 20%, até 2020. Apesar da boa iniciativa, não será já um pouco tarde? Não há dúvida de que as temperaturas no nosso planeta continuam a subir, como comprovam as estatísticas apresentadas por uma instituição norte-americana dedicada ao estudo dos fenómenos meteorológicos no nosso planeta. Os cientistas desta instituição informaram que o passado mês de Janeiro foi o mais quente de sempre, tanto ao nível das temperaturas terrestres como ao nível dos oceanos.
De volta à situação europeia, um inquérito realizado entre 2 e 10 de Novembro de 2006 em seis países europeus, indica que cerca de 45% dos habitantes desses países consideram o aquecimento global um problema a curto prazo, que pode pôr em risco a vivência dos seus filhos. Para além desta conclusão, que demonstra que os europeus estão mais sensíveis a este problema, é também um facto que grande parte deles (75%) estão dispostos a mudar os seus hábitos de forma a não prejudicar o ambiente. A abertura de mentalidade e de sensibilidade para com as energias renováveis foi também focada. Soube-se que cerca de 85% dos habitantes dos 6 países onde o inquérito foi feito, consideram que o governo do seu país deve investir mais nas energias não poluentes e renováveis. Por fim, um alerta para a capital portuguesa, Lisboa. Além do risco de voltar a sofrer um grande terramoto, os lisboetas têm também que se preocupar com o facto de a sua cidade poder vir a ficar inundada em poucas décadas, caso as condições climatéricas continuem como estão hoje em dia, culpa da poluição provocada pelo Homem.
E tu? Que medidas consideras importantes para tentar pôr um travão ao aquecimento global? Achas que a aceitação de uma vida sem combustíveis fósseis seria fácil, tendo em conta a sociedade dependente em que vivemos? Que passos devem ser dados nos países desenvolvidos para promover a utilização de energias renováveis?
Por Miguel Vaz e Paula Fonseca


quinta-feira, fevereiro 22, 2007

 

“Bailinho da Madeira” entre Jardim e Governo

O Diário da República publicou no passado dia 19 a Lei das Finanças Regionais. O diploma esteve no centro de um braço-de-ferro entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e Alberto João Jardim, que pediu, sem êxito, ao Presidente da República, Cavaco Silva, que vetasse a lei.
O corte nas transferências para a Madeira, que atingirá os 34 milhões de euros já em 2007, tem sido um dos aspectos mais criticados pelo PSD e pelo líder regional madeirense.
A lei foi aprovada no Parlamento a 30 de Novembro de 2006 com os votos do PS, a abstenção do CDS-PP e os votos contra do PSD, PCP e Bloco de Esquerda.
Em Dezembro, os sociais-democratas pediram a fiscalização do diploma pelos juízes do Tribunal Constitucional que, a 12 de Janeiro, se pronunciou a favor da lei.
O Presidente Cavaco Silva promulgou a nova lei das Finanças Regionais a 7 de Fevereiro, o que motivou novas críticas de Jardim.
O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, anunciou na segunda-feira a demissão do cargo que ocupa desde 1978, interrompendo pela primeira vez um mandato em quase três décadas à frente do executivo madeirense. A decisão foi confirmada pelo próprio presidente do governo numa comunicação aos madeirenses feita a partir do salão nobre do governo regional, após uma reunião da comissão política regional do PSD-Madeira realizada na tarde do passado dia 19. Nas suas declarações disse, passo a citar:
«Decidi apresentar a demissão do governo regional porque não estou em posição de enfrentar esta multiplicação de novos problemas, sem um mandato claro do eleitorado da Região Autónoma da Madeira».
Alberto João Jardim depois da sua demissão do governo madeirense em protesto contra as medidas do executivo socialista, confirmou a sua recandidatura em eleições antecipadas.
Referiu que se recandidata por achar que a Madeira não merece passar a ter um governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes a Lisboa. Afirmou também, que ao demitir-se estava a colocar-se nas mãos do povo e mostrava, que não estava agarrado ao poder, nem tinha medo de enfrentar tempos difíceis.
Dá agora a tua opinião. Será que Jardim tomou a decisão certa?
Por José Tiago e Márcio

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

 

O referendo ao aborto

O «Sim» à despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) venceu este domingo o referendo popular em Portugal, com 59,25% dos votos, contra 40,75% do «Não». A abstenção cifrou-se em 56,39%, pelo que os resultados não são vinculativos.
Os votos em branco corresponderam a 1,25% e os votos nulos a 0,68%.
No referendo sobre a mesma matéria em 1998, o «Não» venceu com 51,30% contra 48,70% do «Sim», tendo a abstenção sido de 58,09%.
As campanhas pelo “Sim” e pelo “Não” terminaram à meia-noite de sexta-feira, na sequência de intensas semanas de debates, mesas redondas, entrevistas, esclarecimentos, filmes e contactos de rua que envolveram activistas dos diferentes partidos com assento parlamentar. Foi essencialmente conduzida pelos 17 movimentos de cidadãos criados para o efeito.
O debate foi marcado pelas declarações da Igreja, principal fonte inspiradora do grupo do "Não".
O Partido Socialista e o primeiro-ministro, José Sócrates, empenharam-se a favor do "Sim", assim como o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda. O Partido Social-Democrata (centro-direita) deu liberdade de voto aos seus simpatizantes. Apenas o pequeno partido conservador CDS defendeu o “Não”.
Em Portugal os dados disponíveis apontam para 360 mil mulheres entre os 18 e os 49 anos que já abortaram clandestinamente, das quais, 34% não fizeram qualquer exame médico prévio, 64% não teve nenhum acompanhamento médico posterior e das mulheres que tiveram complicações após o aborto, 27% tiveram que ser internadas. Mais, 70% das mulheres que abortaram não receberam informação sobre contracepção, mas acima de tudo, e mais preocupante ainda, 54% dos abortos são feitos entre os 13 e os 24 anos .
O que pensas da forma como decorreu este referendo? Consideras que foi útil a realização deste referendo?
E, o que se seguirá agora em relação à prática do aborto? Qual a tua opinião sobre o assunto?
Por José Eduardo e José Maria

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

 

O caso Esmeralda

Muito já foi dito na Comunicação Social sobre este tema. Contudo, nós achámos que muita da informação relevante não foi ainda referida e, por isso, seguidamente apresentamos uma cronologia dos principais acontecimentos desde o nascimento da menina.
12 de Fevereiro de 2002 – Nascimento de Esmeralda, registada filha de pai incógnito.
28 de Maio de 2002 – Através de uma amiga, a mãe, Aidida Porto, entrega Esmeralda ao casal Luís Manuel Gomes e Maria Adelina Lagarto, para que a adopte.
11 de Julho de 2002 – O pai biológico de Esmeralda é ouvido pela primeira vez no âmbito do processo de averiguação oficiosa da paternidade, disponibilizando-se para fazer os testes necessários.
Outubro de 2002 – A mãe, Aidida Porto, leva Esmeralda, nessa altura há cerca de cinco meses com Luís Manuel Gomes e Maria Adelina, para que faça os exames hematológicos.
Janeiro de 2003 – É remetido ao tribunal judicial da Sertã o resultado do exame: Baltazar Nunes é o pai de Esmeralda.
20 de Janeiro de 2003 – O casal Luís Manuel Gomes e Maria Adelina intenta no tribunal da Sertã o processo de adopção.
24 de Fevereiro de 2003 – Notificado nos autos de averiguação da paternidade, Baltazar Nunes perfilha Esmeralda.
27 de Fevereiro de 2003 – Baltazar Nunes vai aos Serviços do Ministério público da Sertã e diz que quer regular o poder paternal da filha. Afirma desconhecer o paradeiro de Esmeralda, mas tencionar descobri-la. É instaurado o processo administrativo para regulação do exercício do poder paternal.
Setembro de 2003 – Luís Manuel Gomes e Maria Adelina apresentam-se no Centro Regional de Segurança Social de Santarém como candidatos à adopção.
16 de Outubro de 2003 – Processo de regulação do poder paternal dá entrada no Tribunal de Torres Novas.
17 de Novembro de 2003 – Conferência de pais termina sem acordo. É indicada a morada do casal com quem Esmeralda reside.
25 de Novembro de 2003 – A mãe de Esmeralda requer o exercício do poder paternal e diz que tem procurado a filha, mas o casal recusa-se a recebê-la.
15 de Dezembro de 2003 – O casal, Luís Gomes e Adelina Lagarto, é ouvido.
11 de Janeiro de 2004 – O Centro Regional de Segurança Social de Santarém intenta um processo judicial de confiança da menor a favor do casal, alegando que o pai a abandonou.
13 de Julho de 2004 – Sentença de regulação do exercício do poder paternal após investigação do Instituto de Reinserção Social, que conclui ser o pai biológico de Esmeralda homem trabalhador e com condições morais e económicas para ter consigo a filha.
O casal interpõe recurso, não admitido “por falta de legitimidade” do mesmo para impugnar a decisão sobre regulação do poder paternal.
Janeiro de 2005 – Luís Gomes e Adelina Lagarto recorrem ao Tribunal Constitucional.
Julho de 2005 – Luís e Adelina são acusados pelo Ministério Público de sequestro e subtracção de menor.
Outubro de 2006 – Adelina e a criança desaparecem.
Dezembro de 2006 – Luís Gomes é detido preventivamente.
16 de Janeiro de 2007 – Luís Gomes é condenado a seis anos de prisão e recolhe ao presídio militar de Tomar.
Outros aspectos que podem ser focados:
Maria Adelina tinha 30 anos quando conheceu Luís Gomes. Casaram-se – foi o segundo casamento dela e o primeiro dele. O casal fixou residência em Torres Novas. Maria Adelina tentou engravidar e chegou mesmo a sujeitar-se, sem resultado, a tratamentos de fertilidade. Mais tarde, devido a doença, resignou-se à cirurgia de extracção dos ovários. Foi através de um cliente, lojista em Vila de Rei, que soube da aflição de uma imigrante brasileira deixada, na Sertã, com um recém-nascido nos braços e sem meios para o sustentar.
Antes da criança ser entregue a Adelina, Aidida chegou a prostituir-se para poder alimentá-la.
Baltazar, então com 22 anos, não levou a sério a gravidez de Aidida. Fez o teste de paternidade quando a isso foi obrigado. Não conhece a filha. Depois de perfilhá-la, viu-a apenas uma vez e de fugida.
Há pouco tempo (finais de Janeiro de 2007), o Tribunal Constitucional veio dar razão ao casal adoptante, admitindo que este tem legitimidade para discutir o poder paternal.
E tu? O que pensas acerca deste caso de contornos complexos?
Terá a mãe biológica agido de forma correcta quando entregou a filha?
Terão os pais adoptantes agido da melhor forma para regularizar a adopção de Esmeralda?
Consideras que o pai biológico tem interesses ao tomar esta atitude tardia Quais?
O que deve mudar no sistema de adopção actual?
Quem está acima? As leis do Estado ou as leis do coração?
Por Fábio e Joana

quarta-feira, janeiro 31, 2007

 

Adopção gay repudiada pela religião

Líderes religiosos revoltaram-se devido às novas regras contra a discriminação homossexual, que irão entrar em vigor em Abril na Inglaterra e País de Gales. Todas as instituições, mesmo as religiosas, que se consagrem a prestar serviços sociais, serão obrigadas a atender todos os indivíduos, independentemente da sua orientação sexual, segundo a nova Lei da Igualdade.
As agências de adopção católicas, que controlam mais de um quarto do sector voluntário, são as que se centralizam na polémica, pois com estas medidas, terão necessariamente de atender casais homossexuais. Porém, as confissões católica e anglicana pedem um regime de isenção.
Perante a ameaça de encerramento de todas as agências católicas, o primeiro-ministro britânico revelou uma nova proposta, que prevê um período de adaptação de um ano, após o que as agências em causa serão abrangidas pela lei. «Eu sempre fui a favor do direito à adopção por parte de casais “gays”. Mas como é que nós podemos proteger os direitos dos homossexuais e, ao mesmo tempo proteger as crianças vulneráveis que estão sob o cuidado das agências católicas?», perguntou ao Parlamento. Ao que foi apurado, os deputados já se decidiram.
Esta semana Tony Blair sofreu um ataque por tentar respeitar ambas as partes, ao qual os deputados a favor das medidas opõem-se a qualquer isenção que beneficie a Igreja Católica. «Não vejo qual a razão para se introduzir uma lei que proteja os homossexuais contra a discriminação para depois se permitir, como parte da mesma lei, que a discriminação continue.», afirmou Alan Johnson, ministro da Educação.
Qual a tua opinião acerca deste assunto que envolve mitos e religiões?
Que outras medidas ( para além da adopção ) se poderia por em prática se tivesses que defender a dita “ liberdade de Igualdade ”?
Por Diana Santos e Diana Campos

quarta-feira, janeiro 24, 2007

 

Cá se fazem, cá se compram

Ao contrário do dito popular, não pretende nenhum tipo de vingança, mas sim promover o consumo de produtos e marcas nacionais desenvolvido pela AEP (Associação Empresarial de Portugal). A campanha, que começou a ser divulgada na quinta-feira, dia 18 de Janeiro de 2007, conta já com a adesão de centenas de empresas, apesar de o objectivo ser chegar às 250 no final do trimestre. Para além da promoção desta ideia ser suportada por vários meios da Comunicação Social e por sacos de supermercados, o seu “Compre cá dentro” vai ser colocado também em rótulos e embalagens, de forma a ajudar os consumidores a identificar facilmente os produtos e marcas que contribuem para gerar valor acrescentado em Portugal e para dinamizar a nossa economia.
Três objectivos principais do projecto são dinamizar, sensibilizar e escolher, sublinhou Paulo Nunes do Conselho de Administração da APE. Contudo, acrescentou que não apela ao proteccionismo nem que tem nada contra os produtos importados. Além do público, o projecto pretende captar empresários e colaboradores de empresas, sensibilizando-os para a necessidade de produzirem bem e ao melhor preço.
A campanha estará “no ar” até finais de Maio e dispõe de 2,1 milhões de euros de orçamento. Os sectores que aderiram a esta campanha de acordo com as empresas, passam pelo vestuário, alimentação, casa e tecnologia. Outro dos objectivos é fazer com que o projecto se mantenha além deste 1º ano e que se autofinancie através do que as empresas pagam pela utilização do “Compra cá dentro.”
Estás de acordo com este projecto? Achas que este projecto vai trazer vantagens/desvantagens para a economia portuguesa?
Por Carla Alexandra e Carla Cristina

segunda-feira, janeiro 08, 2007

 

Porto: uma cidade em crise demográfica...

Segundo uma projecção do Instituto de Ciências Sociais, o Porto terá apenas 200 mil habitantes em 2011, descendo a um nível demográfico próximo do que tinha no advento da República (183 mil residentes em 1911). A confirmar-se este cenário, o concelho cairá do terceiro para o quarto lugar do «ranking» populacional, atrás de Sintra (que terá quase 480 mil habitantes), Lisboa (471 mil) e Gaia (321 mil).
A maior população do Porto foi atingida em 1981, com 327 mil habitantes, número que desceu para 302 mil em 1991 e para 263 mil em 2001. Já em 2005, uma contagem do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que restavam no Porto 233 mil moradores, uma perda de 11,3 % em apenas quatro anos.
Em números absolutos, a perda populacional do Porto está abaixo da registada em Lisboa (menos 45 mil habitantes), mas é percentualmente superior à da capital (que teve menos 8%).
Pelo contrário, Gaia passou, no último ano, aos 300.000 residentes, consolidando o estatuto de terceiro concelho português mais povoado, título este que já tinha tirado ao vizinho da margem Norte em 2001. Em 2005, o INE atribuiu ao concelho da margem Sul do rio Douro uma população de 304 mil habitantes, confirmando a tendência crescente evidenciada em sucessivos censos: 1981- 226 mil moradores; 1991- 249 mil; e 2001- 289 mil.
Só um bairro de Gaia, o de Vila d`Este, freguesia de Vilar de Andorinho, tem mais habitantes do que as quatro freguesias do centro histórico do Porto (CBD). A população de Vila d`Este está estimada em 17 mil habitantes, mais 5 mil do que a verificada, nos Censos de 2001, nas freguesias portuenses de Sé, S. Nicolau, Vitória e Miragaia. Estas quatro freguesias da zona histórica do Porto perderam metade da população entre 1981 e 2001, passando de 28 mil para 13 mil habitantes.
No mesmo período, o conjunto citadino - que compreende mais 11 freguesias - perdeu 64 mil habitantes, o equivalente ao que o município de Gaia ganhou no mesmo hiato (63 mil).
Mas a perda demográfica do Porto não favoreceu apenas Gaia, já que sete outros concelhos periféricos ganharam, no mesmo período, um total de 90 mil residentes. Maia foi o município da região que maior crescimento demográfico percentual registou. Entre 2001 e 2005, a população da Maia, concelho imediatamente a Norte do Porto, cresceu 10,8 por cento, somando quase 13 mil novos moradores aos 120 mil que já possuía.
De que maneira consegues justificar a actual preferência da população pelas zonas periféricas das grandes cidades parar habitar? E que soluções apontas para resolver este afastamento, e consequente despovoamento do centro?
Por Ana João e Ana Rita

quinta-feira, dezembro 14, 2006

 

Como combater o abandono e insucesso escolar

O prometido é devido, pelo que, depois de todos os alunos da turma terem apresentado, ao longo do primeiro período de aulas, as notícias que consideraram mais pertinentes e susceptíveis de promoverem o debate de ideias, é chegada a hora de também eu, na qualidade de professor de Geografia da turma, trazer à discussão mais um assunto da actualidade, que espero vir a ser do interesse dos alunos... E faço-o como incentivo para que participem no Programa "Parlamento dos Jovens" dirigido aos estudantes do ensino secundário.
Números recentemente dados a conhecer num estudo de investigação realizado pelo economista Eugénio Rosa a partir do Eurostat - o Gabinete de Estatísticas da União Europeia - sobre a evolução do sistema de Educação em Portugal revelam que o abandono escolar no nosso país apenas diminuiu 0,1% no última década, contrariamente ao que se passou na UE, em que a redução foi de 4,6%. De facto, se em 1996 o abandono escolar em Portugal tinha sido de 40,1% passados dez anos este indicador apenas desceu para os 40%. Uma desilusão!!!
Mais grave ainda é o facto do abandono escolar no nosso país, entre 2005 e 2006, ter aumentado, passando-se de 38,6% para 40%, quando a média comunitária continuou a descer. Outro dado preocupante relaciona-se com o facto de na última década o sucesso escolar no ensino secundário nunca ter atingido sequer os 70%.
Ora, na tua opinião, quais são os factores responsáveis por este autêntico "desastre" educativo? Que medidas consideras que devem ser aplicadas para inverter a actual situação de abandono e insucesso escolar?
Toma nota dos seguintes links, que te poderão servir de apoio para uma melhor clarificação da tua opinião sobre o assunto:
http://www.giase.min-edu.pt/
http://educar.no.sapo.pt/Insucesso.htm
Umas boas férias de Natal a todos os que frequentam este blogue.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

 

"Salas de chuto": sim ou não?

A criação de duas Instalações de Consumo Apoiado para a Recuperação (ICAR), as primeiras “salas de chuto” do país é um tema em debate na actualidade.
O primeiro dispositivo surgiu há 20 anos, em Berna, na Suiça. Em Portugal já existe, desde há seis anos, um decreto de lei que aprova as salas de injecção assistida, o qual só irá passar da teoria à prática no primeiro trimestre de 2007.
A iniciativa partiu do vereador da Acção Social da Câmara de Lisboa, Sérgio Lipari Pinto, e pretende-se transformar os actuais Gabinetes de Apoio ao Toxicodependente (GAT) da Quinta do Lavrado (freguesia do Alto de São João) e do Bairro do Charquinho (freguesia de Benfica) em Instalações de Consumo Apoiado para a Recuperação (ICAR), sendo estas renovadas e ampliadas. Aqui será permitida a inalação e injecção, incentivando o tratamento e a reabilitação social. Apesar de serem as primeiras salas de injecção assistida do país, o vereador social-democrata sustenta que “a novidade das ICAR não é a permissão do consumo, mas sim a motivação para o tratamento, vista de uma forma integral, garantindo a reinserção social, através de uma bolsa de emprego protegido e de arrendamento”.
Vamos aqui esclarecer algumas das questões relacionadas com este assunto.
O que é uma “sala de chuto”? Não é apenas um local destinado ao consumo asséptico de drogas. O dispositivo dirige-se a uma população excluída, que pretende captar para a rede nacional de serviços sociais e de saúde.
Como funcionam as salas? Há pequenas variações de país para país. O desenho “clássico” inclui, pelo menos, uma cabina destinada à injecção e outra concebida para utilizadores não injectáveis. Compreende ainda um ou vários espaços de apoio técnico.
Para que servem? O objectivo primordial é diminuir os riscos associados ao consumo de drogas, nomeadamente a morte por overdose e a propagação do VIH e das hepatites. Mas estes programas almejam ao mesmo tempo, facilitar o acesso a tratamentos de desintoxicação e de mais cuidados de saúde, providenciar suporte para a reintegração social dos toxicodependentes e livrar as populações das chamadas “salas de chuto a céu aberto”.
Qual é o material básico utilizado? Os serviços disponibilizam, logo à entrada, um kit descartável, composto por uma seringa, uma ampola de água destilada e toalhitas embebidas álcool. Munido deste pacote, o toxicodependente desloca-se à sala de injecção, onde ministra a droga. Deposita, depois, o material usado num caixote.
A droga é controlada? O toxicodependente traz o seu próprio produto. Nalguns países, a dose é analisada no local, para se prevenir os riscos de adulterações e consequentes overdoses. Os resultados ficam disponíveis em poucos minutos, graças aos meios técnicos já inventados.
Quais os serviços complementares prestados? Além do fornecimento de material esterilizado, normalmente estes programas oferecem cuidados de saúde primária e informação sobre droga (como actuar em caso de overdose e como praticar sexo seguro, por exemplo). “As salas de tolerância” tendem ainda a contemplar assistência social e médica. Nalguns países, avançou-se para os cuidados de higiene (os toxicómanos podem lavar roupa e tomar banho) e para o apoio jurídico.
Onde se situam? As salas de injecção assistida são sempre instaladas em áreas centrais, isto é, na proximidade dos grandes locais de consumo.
Há regras claras? Sim, em todos os países. Cada utente só pode entrar com uma dose, por exemplo. O acesso é restrito e o tráfico e a violência são estritamente proibidos. Quem quebra as regras, fica de fora do programa durante um período variável (dias ou semanas, conforme a gravidade).
Agora tu… Concordas com a existência de “salas de chuto”? Consideras que existem medidas mais eficazes no combate ao consumo de droga? Em caso afirmativo, quais?
Por Susana Oliveira e Vera Cunha

quarta-feira, novembro 29, 2006

 

Vaticano debate o uso do preservativo

O Papa Bento XVI encomendou a um grupo de teólogos um estudo sobre a utilização do preservativo na luta contra a SIDA, o que poderá significar um interesse da sua parte e uma abertura da Santa Sé à aceitação excepcional do seu uso como um “mal menor” entre casais em que um dos elementos está infectado. Mesmo assim e, dado que apenas está em discussão a sua possível utilização em caso de infecção pela SIDA de um dos elementos do casal, não será integrado a 100% na vida sexual dos casais.
O documento estará em debate numa conferência internacional sobre os aspectos pastorais na cura de doenças infecciosas. A noticia foi avançada numa conferência de imprensa sobre o conselho pontifício da pastoral da saúde. O documento, que não será tornado público, agrega 200 páginas de fundamentos científicos e morais e contou ainda com a participação da Congregação para a Doutrina da Fé.
Podemos concluir que o tema da SIDA preocupa muito o Papa. Apesar de a Igreja se opor ao preservativo e defender antes a abstinência, castidade e fidelidade, vários líderes católicos têm apelado a uma mudança de pensamento que permita o seu uso entre casais (o que seria muito bom deixar de ser apenas um simples apelo…). Contudo, estes apelos chocam com o receio de que o documento sobre o assunto possa ser visto como uma verdadeira condescendência à promiscuidade.
O que pensas sobre este assunto? Deveria a Igreja Católica deixar-se de preconceitos e aceitar de vez o uso do preservativo?
Por Sara Dias e Sérgio Gonçalves

segunda-feira, novembro 20, 2006

 

Eutanásia: da generalização aos casos concretos...

Eutanásia significa, no dialecto grego, “boa morte”, e consiste na morte provocada de um doente que sofra de uma doença incurável. Hoje em dia, discute-se a legitimidade deste processo, havendo opiniões contrárias em vários aspectos. Contudo, a fim de se praticar a eutanásia, é necessário que seja o próprio doente a pedi-lo. Ora um tema como este levanta inúmeras questões éticas e morais, e divide a sociedade. Enquanto algumas pessoas consideram natural que a eutanásia se pratique, outras acham errado matar alguém, mesmo que não tenha hipóteses de melhorar.
A eutanásia é proibida por lei na Europa, com a excepção da Holanda e da Bélgica, onde apesar de tudo, é um processo bastante controlado.
Vejamos um caso concreto ocorrido recentemente nos EUA.
Terri Schiavo foi uma mulher da Florida que aos 27 anos de idade sofreu um ataque cardíaco que lhe provocou uma severa lesão cerebral devido à falta de oxigenação do cérebro. A partir desse momento, Terri “viveu” 15 anos em estado vegetativo, sem qualquer qualidade de vida, e ligada a máquinas que lhe prolongavam aquela forma de “viver”. No mês de Março de 2005, o seu marido, Michael Schiavo declarou que a mulher não queria ser mantida viva, e portanto defendeu que se lhe tirasse o tubo de alimentação. Seguiu-se então uma discussão pela vida de Terri, que opunha o marido (defendia a morte da mulher) e os pais da doente (defendiam que a filha devia ser mantida viva). Rapidamente esta questão atingiu proporções mundiais, e levantou de novo o tema da eutanásia e, consigo, problemas éticos e morais.
O tubo de alimentação de Terri acabou por ser retirado, o que levou os pais da doente a recorrerem aos tribunais, ao governador da Florida, Jeb Bush, e até ao Presidente dos EUA, George Bush. Contudo, todos estes recursos foram gastos, à medida que iam sendo rejeitados pelas entidades.
Terri morreu no dia 31 de Março de 2005, treze dias após a remoção do tubo que a alimentava artificialmente. Este dia foi também marcado pela desistência dos pais depois da rejeição do último recurso apresentado ao Supremo Tribunal de Justiça dos EUA. Assim, depois de toda esta batalha judicial, quem acabou por vencer foi o marido de Terri e os defensores da eutanásia por todo o mundo.
Durante o mês de Março daquele ano, a cadeia de televisão ABC realizou uma sondagem que deu a conhecer a posição dos norte-americanos em relação à eutanásia. De acordo com a referida sondagem, 6 em cada 10 americanos eram a favor da privação dos cuidados mínimos de saúde, como a sonda de alimentação, a fim de acabar a vida de Terri de uma forma indolor, enquanto que 28% eram contra esta decisão. A sondagem dá também outras informações interessantes: cerca de 67% dos norte-americanos (contra 19%) acredita que os apoios políticos exercidos para manter Terri viva, como é exemplo todo o esforço de Bush, tinham como objectivo “tirar vantagem política do caso”.
Deixamos três questões concretas:
1. De acordo com o caso apresentado anteriormente, de que lado te colocarias? Defendias a morte de Terri, ou a continuação da sua “vida”?
2. Em termos gerais, será importante e legítimo legalizar a eutanásia?
3. Países como a Holanda e a Bélgica já têm a Eutanásia legalizada. O que será que faz com que estes países estejam quase sempre à frente de leis mais inovadoras e controversas?
Por Miguel Vaz e Paula Fonseca

segunda-feira, novembro 13, 2006

 

Investimentos na energia eólica

O projecto de investimento da Eólicas de Portugal num "cluster" de produção de aerogeradores, oficialmente lançado em Viana do Castelo, criará 1800 postos de trabalho directos na região de Aveiro e Minho-Lima, umas das mais pobres do país. Além disso, Aníbal Fernandes, presidente do consórcio, estima que possam vir a surgir 5500 outros empregos.
O projecto prevê a construção de fábricas de aerogeradores e de 48 parques eólicos. Na parte industrial, surgirão sete novas fábricas - cinco em Viana do Castelo, uma em Sever do Vouga e uma outra em Braga. Serão, ainda, ampliadas 12 outras unidades fabris, num investimento global que António Mexia, presidente da EDP, comparou ao projecto AutoEuropa e que Manuel Pinho, Ministro da Economia, classificou de "um dos maiores realizados no país".
Dos cerca de 150 aerogeradores produzidos anualmente, 60% serão exportados, mas para os projectos que a EDP e a Endesa (que também pertence ao consórcio) desenvolverem no estrangeiro, adiantou António Mexia, que prometeu para breve o anúncio de novos parques a construir no exterior. Os restantes aerogeradores serão instalados nos 48 parques eólicos a construir por todo o país, até 2012.
Consideras este investimento favorável para o mercado da energia? Quais os benefícios que daí poderão advir?
Por José Tiago e Márcio

segunda-feira, novembro 06, 2006

 

O(s) ranking(s) dos exames

Durante as últimas semanas muito se tem falado nos rankings das escolas. Este processo resulta das avaliações obtidas pelos alunos nos exames do 12º ano. Permite ainda conhecer a posição da respectiva escola nos rankings dos anos anteriores e a classificação da escola se a ordenação fosse efectuada pela classificação final da disciplina. Pode-se, assim, verificar a diferença entre a nota de exame e a nota final da disciplina, de forma a avaliar o diferente desempenho nas escolas e nos exames.
São 332, entre um total de 593, os estabelecimentos que obtêm uma média global superior a 10 valores. O número de estabelecimentos privados é o maior entre as 25 primeiras escolas do ranking, sendo que, nos dez primeiros, apenas constam duas secundárias públicas: a do Restelo e a Escola de Dança do Conservatório Nacional.
No entanto, as conclusões a retirar de uma escola com poucos exames num lugar de destaque é substancialmente diferente do caso em várias centenas de alunos contribuíram para o resultado.
Qual a tua opinião sobre as vantagens ou desvantagens de serem publicados estes rankings. Para que servem? Quais as lições a retirar da sua análise?
Por José Eduardo e José Maria
Nota - Em baixo, segue uma notícia apresentada pelos vossos colegas e directamente relacionada com a matéria leccionada na disciplina de Geografia. Não te esqueças de a comentar...

 

Como atrair o investimento externo...

O grupo Ikea vai instalar três fábricas em Paços de Ferreira, num investimento total de 135 milhões de euros, o que irá acrescentar 20 por cento à produção nacional de mobiliário. A construção destas unidades, pertencentes à Swedwood – grupo industrial da Ikea – permitirá a criação de 1.550 postos de trabalho, 550 dos quais directos.
António Machado, director de expansão, revelou que as três novas fábricas irão exportar 162 milhões de euros em 2014, altura em que, estando já em “velocidade de cruzeiro”, atingirão uma produção de 180 milhões de euros. O mesmo é dizer que 90% dos produtos fabricados nestas unidades serão destinados a exportação.
A matéria-prima que irá ser utilizada será em 60% proveniente de Portugal, tanto a madeira como os derivados de madeira.
A escolha recaiu sobre a candidatura pacense, aquela “que apresentou a melhor proposta ao nível dos critérios avaliados – nível e dimensão do terreno, localização, proximidade de boas vias de comunicação, acessibilidades e boas infra-estruturas e capacidade para fornecimento energético”.
Dá a tua opinião sobre o alcance deste tipo de investimento externo. Que factores consideras importantes para a captação destes investimentos? Quais as medidas a tomar pelas entidades competentes? E as consequências?
Por José Eduardo e José Maria

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